Tragédia no Rio – Os braços abertos do Redentor parecem perguntar: E aí, governos, vão ou não vão fazer a sua parte?

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    Tragédia no Rio – Os braços abertos do Redentor parecem perguntar: E aí, governos, vão ou não vão fazer a sua parte?

    Vão querer de novo culpar a Mãe Natureza?

    A tragédia que assola o Rio de Janeiro não pegou apenas os moradores de favelas. Também os mais providos foram atingidos. Como em Angra. Será que, agora, as autoridades irão, finalmente, tomar pé da situação? Sim, pois os altíssimos impostos pagos são revertidos em que? Tentar culpar a Mãe Natureza, como querem alguns, “empurrando” explicações que evidenciam apenas os efeitos sísmicos como os responsáveis pelo quadro, sempre foi bastante cômodo. Mas, não cola mais! As causas principais para tantas enchentes, inundações, deslizamentos e soterramentos são: – urbanização descontrolada e – alta concentração de população em determinados locais (e tudo que isto acarreta – lixo, esgoto, falta de saneamento, etc.)

    O aquecimento global aumenta, sim, o índice de chuvas torrenciais. Só que isso já vem sendo anunciado desde 1970!!! Quais as providências tomadas para melhor captação das águas das chuvas? Quais os reservatórios que foram construídos? Onde estão os grandes tanques que redirecionam as águas? Nas imagens trazidas, no caso específico do Rio de Janeiro, pudemos constatar o diâmetro diminuto dos canos de escoamento.

    Alguém viu canos do tamanho dos que conduzem o gás nos gasodutos? Porque para o petróleo há condições de investir e para a água, não? O que é mais vital? A vida das pessoas ou o lucro de alguns? No caso da urbanização descontrolada e da alta concentração de população em determinados locais, quem responde pelo planejamento, acompanhamento e controle dos processos? Os órgãos públicos. Os governos. A quem responsabilizar, portanto? Aos ilustres legisladores. Tragédia no Rio – Desmoronamentos constantes semeiam sofrimento A falta de atuação do poder público é que permite que terrenos irregulares, sem condições de receber construções, sejam ocupados. E não estamos falando apenas de favelas, não.

    Há 15, 20, 30 anos, semana após semana, a revista Superinteressante denunciava as mansões que estavam sendo construídas perto do Atlântico, sem que houvesse nenhuma fiscalização. Após TUDO estar construído, as autoridades declaravam-se impotentes para “destruir tudo aquilo” e passavam apenas a receber os impostos.

    Tragédia no Rio – Novamente o povo se solidariza em auxílio às vítimas É triste, comovedor, ver os humildes chorando e agradecendo a Deus por um ente querido ter sobrevivido, em meio a muitas outras mortes.

    É tocante ver um avô, que perdeu a todos, chorar e agradecer a Deus por ter mantido a vida de um netinho. Outro, que viu todos serem soterrados, declara que “é difícil falar em meio a tanto sofrimento mas, se Deus quis assim!…” Sem querer entrar em nenhum mérito sobre a fé das pessoas, que é o que faz se levantar e ter forças para seguir adiante, declaro: A nossa consciência só pode estar descansada quando as coisas acontecerem a nosso redor e todos terem a certeza de TER FEITO A SUA PARTE!

    Quando os governantes não fazem a sua parte, não podem ter a consciência tranquila e, muito menos, querer culpar a Mãe Natureza. Alguém pode dizer para que servem as “visitas oficiais” que os governantes fazem aos locais devastados? Não os vejo com luvas para auxiliar, estão todos vestidinhos e limpos. Então, para que? Deixem o povo chorar suas desgraças e recolham-se para projetar ações efetivas! A devastidão todos conhecem. Em que a presença das autoridades pode auxiliar? Que os braços do Redentor continuem estendidos, abençoando seu povo. Seu braços estendidos parecem conclamar: E aí, governos, vão ou não vão fazer a sua parte?

    Por Marise Jalowitzki

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