Escritor Frederico Rebelo escreve narrando em uma das suas crônicas, o atual cenário político de Miguel Alves ao cargo majoritário

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ELEIÇÕES 2020

A POLÍTICA MIGUELALVENSE EM DESTAQUE NA VISÃO DO ESCRITOR FREDERICO REBELO

 

POR COLUNISTA SOCIAL NILO ARAÚJO

Em 11 de outubro de 2020

 

 

O antenado, inteligente e criativo escritor  miguelalvense Frederico Rebelo escreve,  narrando em uma das suas destacadas  e interessantes crônicas, como está  acontecendo o desenrolar do  atual cenário político  no  município de Miguel Alves-Piauí, onde concorrem ao cargo majoritário,  4 candidatos.

 

  Faltando pouco mais que um mês para o dia da eleição, já se pode mentalizar e fazer o desenho do pleito eleitoral.
  Uma eleição atípica poderia definir o “pleito 2020” em Miguel Alves, talvez retroagindo aos moldes do passado quando os atores eram Dr. José Antônio Rebelo, Gonzaga Marinho e Jesus Rebelo do Rêgo, onde familiares se esmerilhavam entre si,  numa troca de posições e cargos quase que de formas inexplicáveis.
Avaliem bem e poderão entender.
 Certo que,  quatro nomes foram registrados e de fato homologados,  são eles: Antônio Matos, Chiquinho Aguiar, Vein da Fetraf e Oliveira Jr.
Antônio Matos aparece estreando pertinentemente como em carreira solo, sem a companhia de candidatos a vereador, ou seja, sem ligações com outros partidos ou grupos políticos.
Chiquinho Aguiar teve um bom desempenho até o presente momento,  em sua campanha e aparentemente crescimento de votos mesmo com um pequeno grupo, num partido mediano e sem muita tradição no cenário político local, mas seu crescimento,  ainda não foi suficiente para tomar a dianteira de Vein da Fetraf pela liderança da oposição local, afim de “peitar” Oliveira Jr.
Não se podendo negar que Chiquinho tem melhorado seu discurso que no início,  parecia um tanto radical para uma nova postura, amena e trazendo uma mensagem de mudança substancial que parece ter agradado ao eleitor.
Vein da Fetraf  teve boa habilidade de articulação para sair titular, trazer para si,  o grupo do ex-prefeito Nonato Pereira que está fora da concorrência, e anexando aqui,   e ali,  nomes que se desgarraram de suas primeiras formações. Uns espontâneos e outros por força da conveniência ou circunstância e prazos.
Oliveira Jr.  primou pela estabilidade e pela inovação, como lhe é peculiar,  trazendo para a concorrência e para seu lado,  nomes jamais pensados até 30 dias atrás, levando a campanha como se fosse algo corriqueiro, sem o apressamento dos demais.
Sem jogar nenhum homem ao mar.
Esperava-se para esta eleição, muita correria e agitação, no entanto,  tudo está transcorrendo pacificamente e na calmaria. Os novos mecanismos tecnológicos, substituindo os velhos carros de sons e cartazes que poluíam o meio ambiente de forma em geral.
O PANORAMA
  Diante dos nomes que de fato estão concorrendo,  podemos fazer um mapeamento ou uma conjectura.
  A oposição cometeu um grande erro, que talvez não tenha sido propositadamente, deixar de fora da concorrência,  o nome do Blogueiro Assis Dutra, visto que,  o mesmo  é filiado, e por assumir uma postura profissional imparcial, e de certa forma educativa, vem ganhando boa credibilidade nos meios de comunicação, sendo dos nomes possíveis o mais preparado(tecnicamente) para disputar a eleição seja como candidato a prefeito ou vice, dentro do grupo de oposição, talvez teria sido uma escolha capaz de harmonizar a “chapa”. Seu nome seria uma boa opção de terceira via.
  A oposição também poderia ter feito uma conjunção com Chiquinho Aguiar pois o mesmo, foi a primeira voz que bradou o grito de mudança, no entanto, parece não ter havido interesse que o ex-vereador fosse” cabeça de chapa “. E vale ressaltar que Assis Dutra e Chiquinho têm um bom relacionamento.
  Dessa maneira,  a oposição arquitetou a formação rígida com o nome de Vein da Fetraf deixando nesse banquete apenas a sobra para os demais participantes. Sem esquecer que até o ex-prefeito Nonato Pereira ficou desprestigiado quando a oposição não referendou o nome de Adail Jr como o candidato de oposição,  e por ironia,  reunia em torno de si,  uma quantidade maior de lideranças e partidos para concorrerem ao pleito, tendo que se submeter a vice e jogando homens ao mar para não afundar totalmente.
Nessa panaceia, o ex-vereador Cleonildo Carvalho, o vereador Manoel Vaz, e Carlúcio da Cruz bem como alguns nomes importantes da oposição, foram jogados ao mar para morrerem afogados.
Há que se perguntar se não jogaram o operador de máquinas da barcaça da oposição.
Mesmo diante de tudo isso, a oposição marcha rumo ao dia 15 de novembro,  acreditando em vitória.
Antônio Matos rema com seu vice,  sem vento nem vela, mas numa canoa nova.
Chiquinho Aguiar e Vein da Fetraf travam a disputa pela dianteira da oposição, como tentativa de passarem de figurantes para atores principais.
Dois meses atrás  a oposição com discurso infusível, metia medo no Prefeito Oliveira Jr. quando apresentava uma lista interminável de nomes para se enfileirarem e se cadastrarem no exército oposicionista. Existiam 05 nomes para a disputa a prefeito e vice: todos se habilitavam. Selfs em todos os eventos públicos, e sorrisos no pé da orelha.
Abraços e cheirinhos mútuos.
 Bastou Nonato Pereira pendurar as chuteiras, que tudo virou um baile de carnaval. Cada um por si. Gerando órfãos e maiores abandonados por todos os lados.
Por fim,  está aí,  a oposição atual, onde o mais preparado (Assis Dutra) foi sustado, onde Chiquinho Aguiar foi subestimado e de certa forma ignorado, Nonato Pereira foi tolhido e Antônio Matos (não foi nem cheirado) como diz meu amigo DR. Ivan Torres.
Um “puxa-e-encolhe” danado.
Já o candidato Oliveira Jr, diante de toda tempestade, colhendo calmaria.
Já diziam os políticos de antigamente que política não se pode entender completamente.
Pois bem…
Oliveira Junior esperou o barco da oposição jogar os homens ao mar para morrerem afogados e resgatou-os, e até parece fruto de magia e hipnotizou o empresário e ex-vereador Jose Rebelo do Rego, e trouxe para si e para seu grupo, de forma magistral, sendo Jose Rego, cunhado de Nonato Pereira e tradicionalmente adversário, dessa forma desestruturando a oposição pois, José Rêgo sempre foi o cérebro das estratégias executadas pelo ex-prefeito Nonato Pereira.
Oliveira Jr. resgatou do afogamento político Cleonildo Carvalho (seu maior opositor em 2016) e juntos num “combo” ganhou apoio do deputado Jorgiano e Júlio César, Oliveira Júnior também resgatou Manoel Vaz do afogamento e uma leva de eleitores juntos, e assim,  hoje,  tem dois deputados estaduais e dois federais, governador etc. e etc…
Ninguém jamais imaginou tudo isso, nem mesmo os maiores conhecedores da política local!
Nos últimos dias, grande quantidade de empresários se manifestando prestando apoio a seu nome de forma espontânea.
Várias figuras tarimbadas da base da oposição pulando para o barco da situação;
Para os adeptos dos espiritismos dá até para pensar que está recebendo ensinamentos do mito, saudoso Chico Noca, o mais habilidoso e brilhante político miguel-alvense de todos os tempos.
Pois essas estratégias somente Chico Noca dominava bem e brincava com seus adversários;
Por fim,  ouso dizer que,  na verdade, o sucesso nessas empreitadas pode ser explicado facilmente.
Expert em política, Oliveira Jr. sabe que seu maior cabo eleitoral é seu próprio filho Dep. Oliveira Neto, e que a população de miguelalves hoje,  compreende que,  ter um deputado da terra é importante para o município, dessa forma Oliveira Júnior formata-se como “um passe “para a reeleição do filho.
As obras conseguidas têm a participação do deputado, inclusive,  intermediando junto ao governo estadual.
Assim Oliveira Júnior faz duas eleições, em  uma só, tem aparentemente dianteira da campanha, se vencer sai com um grupo maior, e inexplicavelmente com dois deputados estaduais e dois federais.
Quem se habilita a duvidar?
Fica uma pergunta no ar.
Quem será o chefe político da oposição que vai pros braços de Oliveira Jr. imediatamente depois da eleição?
Eu, como simples e humilde eleitor, não duvido mais de nada.
Tenho dito…
O miguelavense Frederico Rebelo é: Escritor, poeta, cronista, contabilista,  membro e ex-presidente da ALVAL-Academia de Letras do Vale do Longá com sede em Barras-Piauí.

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