A CÂMARA MUNICIPAL DE MIGUEL ALVES – ONTEM E HOJE

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    Ainda com tenra idade começei a companhar a política de Miguel Alves. E confesso com toda sinceridade, que diante do quadro político que temos hoje, completamente conturbado, guiado pelos interesses pessoais que atropelam violentamente os princípios da ética e da decência, sinto uma saudade danada daqueles velhos guerreiros da política miguel-alvense, sempre fiéis aos seus eleitores e aos seus partidos políticos. Cidadãos íntegros, politicamente corretos, como os senhores:Chico Noca, Raimundo Caboclo lá do Deserto, Edson Cavalcante lá da Olivença, Raimundinho Medeiros, Tácito Torres, José Ribeiro de Oliveira, Antomar de Carvalho Gonçalves (seu Cordeiro do Bebedouro), Raimundo Lopes, Helvidinho, Dominguinho Rodrigues, Antonio Alves de Araújo Cheves e tanto outros que tiveream assento na Câmara Municipal de Miguel Alves e souberam honrar os votos recebidos,sem em nenhum momento contrariar os seus fiéis eleitores. Em respeito às mulheres miguel-alvenses não poderia esquecer da professora Livramento Gomes, a primeira mulher a ter assento no legislativo municipal, sempre zelosa nos seus atos políticos.

    Com todo respeito aos vereadores atuais, mas usando da sinceridade que me é peculiar, por mais que eu me esforçe a ser justo, a própria história me obriga a dizer que no legislativo municipal de hoje, apesar das mudanças e dos avanços que houveram em função da própria conjuntura política brasileira, não dá pra comparar os vereadores de hoje com os de ontem. Não é saudosismo da minha parte, muito menos inveja ou qualquer coisa que o valha, é simplesmente por uma questão de avaliação de comportamento. É claro que cada um age ao seu estilo, defendendo os seus princípios.

    Quem teve a oportunidade de assistir as reuniões da Câmara Municipal na época de Tácito Torres, Sr. Cordeiro, Zé Ribeiro, e Antonio Chaves, etc…, certamente compreende o meu ponto de vista e há de convir que entre eles haviam um compromisso político e partidário muito forte. Quem votou no Tácito Torres ou no Sr. Antonio Chaves, por exemplo, tinha a convicção de que estava votando em dois homens que não mudavam de lado em hipótese alguma, por mais tentadoras que fossem as propostas oferecidas. Da mesma forma, os que votavam no Chico Noca, no Sr. Raimundinho Medeiros ou no Sr. Edson Bringel. Naquele tempo, por mais ácidas que fossem as campanhas, os políticos zelavam pela ética, muito embora alguns deles não soubessem bem o seu significado. Mas agiam com “vergonha na cara”, como eles costumavam dizer nos seus discursos inflamados. Naquele tempo não muito distante era assim: vereador eleito pra ser oposição ficava na oposição o mandato todo, como um eterno vigilante em defesa do patrimônio do povo, trombando como os fiéis edis da situação.

    É, mas hoje é diferente. O legislativo municipal de Miguel Alves não goza mais do mesmo prestígio popular de ontem. Isso se deve ao comportamento dos atuais vereadores. Pois é sabido por todos em Miguel Alves que o jogo de interesses se sobrepõe aos interesses maiores da população. Para constatar isso basta apenas ver de que lado muitos deles estavam na eleição de 2008, e de que lado alguns deles estão hoje. Invariavelmente do lado poder. Quem não foi prá lá resolveu ficar estrategicamente do lado do silêncio, agindo com a habilidade dos surdo e dos mudos, mesmo tendo estragos e barulhos diante de si.

    Como eles mesmo dizem, criticar é fácil. Difícil mesmo é ser oposição, principalmente quando ela é feita por pessoas que não têm independência política e financeira capaz de suportar o seu ônus. É isso que acontece no nosso velho e maltrado Miguelalves.

    Todavia, como cidadão miguel-alvense espero que a Câmara Municipal de Miguel Alves, sob a presidência do vereador Edmilson Caburé, seja mais sintonizada com a população e menos conivente com a situação.

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